Como serão os vinhos crianza do futuro?

Por ricardo

Não podemos adivinhar como será o vinho no futuro, mas as últimas tendências definem uma série de parâmetros que nos mostram como poderão vir a ser. No que toca aos vinhos de Espanha denominados de crianza, baseamo-nos nas novas técnicas que estão a ser investigadas para continuar com o objectivo inicial deste tipo de vinho que é, o de preservar o sabor do produto.

Tendências nos vinhos Crianza

Quando falamos de vinhos crianza referimo-nos a um processo de envelhecimento e maturação que persegue os melhores aromas e matizes, seja em barricas, em tanques ou na própria garrafa.

Barricas de vinho

No caso do vinho crianza, o termo utilizado em Espanha implica um estágio mínimo de 24 meses, dos quais 6 são feitos em barricas de carvalho. Nos vinhos brancos e rosados, o tempo total de maturação é de 18 meses, dos quais 6, no mínimo, devem ser cumpridos em barricas.

Desde há muito tempo que se faz o vinho passar por um estágio em barricas de madeira para adquirir corpo e carácter. A partir daí surgiram vários tipos de madeira. Por exemplo, há o carvalho espanhol, que tem grande potencial de envelhecimento, ou o carvalho húngaro, que preserva os aromas frutados mais do que o carvalho francês. Outras madeiras utilizadas são o pinho e o castanheiro, que têm um custo mais baixo.

As tendências dos anos 80 e 90, quando um excesso de madeira eclipsava o resto dos aromas, foram abandonadas. Agora, os vinhos crianza têm aromas picantes, com personalidade forte e devem descansar em outros lugares para além da madeira.

Por outro lado, em algumas DOCs, como em La Rioja, os vinhos são elaborados com um processo de envelhecimento mais curto, que mantém o frutado da uva sem perder o toque de madeira que lhe confere complexidade. Consideramos que o média crianza é uma grande tendência que o consumidor actual aprecia e que tem ainda um longo caminho a percorrer.

Para além da madeira

Já em 2017, as adegas começaram a expandir-se, optando por utilizar recipientes mais neutros para a fermentação e envelhecimento do vinho, dando assim prioridade às características das castas, ao “terroir” e à sua personalidade, em detrimento da contribuição aromática e estrutural de materiais como a madeira.

Entre as novas tendências estabelecidas para os vinhos de crianza estão a sua preservação em outros lugares para além da madeira, tais como em potes e talhas de barro, que além de acolherem métodos ancestrais e tradicionais, permitem a microoxigenação do vinho através da porosidade da argila. Há também o envelhecimento em betão, que transpira de forma semelhante à madeira e fornece oxigénio ao envelhecimento do vinho, mas sem acrescentar sabores. Já está fixado em algumas caves.

Copo vinho branco

Outros locais estão a implementar o envelhecimento em “Flex Tank”, um tanque que, através de uma micro oxigenação por porosidade, dá a complexidade do vinho mantendo o seu frutado e frescura. Seguimos atentos a tais desenvolvimentos.

 

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La Rioja Alta Gran Reserva 904 2009 é um vinho tinto de Graciano e Tempranillo, com uma puntuação de Robert Parker de 96/100 e uma puntuação Peñín de 96/100.

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